Uma equipe de cientistas de diferentes países vem tentando capturar uma imagem nítida de uma faísca que dispara outro tipo de raio, conhecido como “Jato Azul”.
Os raios azuis são raros e duram alguns milissegundos. Trata-se de descargas elétricas que disparam do topo das nuvens de tempestade até 50 km na estratosfera.
Ao contrário dos raios regulares, eles excitam o nitrogênio estratosférico e eventualmente produzem aquela cor azul hipnotizante com a mistura.
Este fenômeno raro na atmosfera foi registrado pela Estação Espacial Internacional (ISS) porque não podem ser vistos da superfície da Terra devido à distância e às nuvens de tempestade que os obscurecem.
Os pesquisadores relataram, em um artigo publicado na revista Nature, que um flash azulado apareceu “de uma explosão extremamente curta e brilhante” perto do topo de uma nuvem de tempestade.
Para Torsten Neubert, físico atmosférico envolvido no estudo, a centelha que produz a luz azul pode ser um tipo específico de descarga elétrica dentro de uma nuvem. “A mistura turbulenta no alto de uma nuvem pode criar regiões de eletricidade com cargas opostas a cerca de 1 km de distância, criando rajadas de corrente muito breves, mas poderosas”, disse ele.
A estação espacial observou o jato azul em fevereiro de 2019, durante uma tempestade sobre o Oceano Pacífico perto da ilha de Nauru. A detecção pode ser feita por um fotômetro, que é uma câmera com detector de luz.
Segundo o astrofísico Victor Pasko, que não participou do estudo, observar esses fenômenos é importante porque eles podem afetar a forma como as ondas de rádio viajam pelo ar, podendo causar alterações nos meios tecnológicos.
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